11 de janeiro de 2010
Uni duni te
Tudo na vida é uma questão de escolhas.
Estes dias perguntei a uma amiga – que alias jura de pé junto que sou mediúnica, coisa que de pés separados digo não acreditar - se ela tinha uma cartomante, batuqueira, jogadora de búzios, cartas, taro, ou que falasse sobre o futuro vendo na borra de café, na nata, qualquer coisa.
No inicio de cada ano me pergunto o que será de mim.
Para que lado eu vou?
Caso ou compro outro cachorro?
(falando em cachorros meu amigo foi me visitar, e por causa da chuva acabamos ficando por casa. E ele diante dos mimos e queridisses dispensadas para minha cadela – uma beagle muito linda – me disse: Renata está na hora de ter um filho!)
Pensei, será que não seria este o ano? Ou será melhor esperar?
Invisto R$?
Mudo de apartamento?
Viajo?
Vou para o Japão, china ou fico por aqui mesmo, vendo os outros enriquecerem?
Vou fazer o mapa astral do ano. Isso! Pensando bem, melhor evitar. O último que fiz chorei por mais de 3 horas.
(O Ricardo até me proibiu de fazer isso de novo)
Tem coisas que me fazem chorar por muito mais tempo.
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Tenho uma necessidade de entender e de saber o que vai acontecer. E isso não é privilégio apenas da virada do ano. Se pudesse iria todo o mês jogar e ler o futuro.
Tudo é uma questão de escolhas.
Pena que não dá para fazer tudo, o tempo que passa rápido de mais acaba com as minhas esperanças.
Pena que não consigo ser tudo.
Como diz o ditado, que por sua vez é ingrato e mentiroso – deus escreve certo por linhas tortas.
(Como tem linhas tortas e frases sem sentido algum no meu caminho! )
Preferia ser atoa e não acreditar em nenhuma religião, ciência, astrologia – até no horóscopo do jornal.
Sou bem neurótica, sim. Mas para o meu bem. Egoísta.
Na primeira semana útil do ano fui até uma casa esotérica me enchi de incensos e aromatizador de ambientes – comprei vários para os vários e nebulosos momentos do dia, sim, a cada momento do dia costumo mudar de humor e para que nada prejudique a minha “tal” mediunidade é melhor me prevenir de todos os espíritos obsessores que rondam meu turbulendo lar.
Ao sair a dona me disse tira a sorte aqui na caixinha.
Pensei baixo e perguntei a mim mesma: o que eu faço – vou por aqui ou por ali?
E adivinhem.
A resposta respondeu exatamente o que eu queria.
Mas como tinha um provérbio no meio, não adiantou muito – provérbios foram feitos só para atrapalhar e confundir ainda mais a cabeça de uma louca e rebelde mulher que não sabe se prefere a estrada de chão batido ou o asfalto.
Ana, como é mesmo o telefone da leitora do futuro.?
*caricatura produzida por Ronaldo Cunha Dias
2 comentários:
O nome da leitora do futuro eu não sei. Mas da leitora da borra do café posso te passar, caso tu ainda queiras.
:)
bjooo
bom saber que tu me lê :] Ainda estou engatinhando, um dia eu chego lá. Estou adorando o mundo blog.
a leitora da borra de café usa burca?!
beijo.
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