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30 de novembro de 2009

aczs bombando na mídia

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entrevista dos meninos da ACZS na TVE sobre a Expedição CicloMeridional - do Chile ao Brasil.
+ 2.600 km em duas rodas.

fim da jornada dia 23 de dezembro.

acompanhem tudo no http://aczs.wordpress.com/

(produção renata germano + TVE)

cinquentinha - um dia eu chego lá

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aniver da mamis - a cinquentinha mais gostosa, fofa, desbocada e tarada que eu conheço.
dizem que a jaca nunca cai longe do pé. assim espero.!
(tirando a gostosura, é claro)

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somos como nossos pais ou mães. eu sou igual a minha.
amanhã tem crônica em homenagem a mulher que me ensinou a ser assim, assim, assim como eu sou.

26 de novembro de 2009

O renatão do papai

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Sempre incomodei meu pai. Parecia um pentelho encravado em baixo do suvaco. Puxava o cabelo, as verrugas no pescoço e braço, pisava no pé e dava rasteira nele quando ele estava na minha frente. Mas o que eu gostava mesmo era dizer que ele preferia um filho homem no meu lugar. Repetia, repetia, repetia e repetia até ele puxar a minha orelha, tirando os meus pés do chão.

Meu pai, um cara sério e cheios de amigos, coitado, não tinha assunto nos churrascos de final de semana. Eles contavam sobre seus filhos homens, contavam como foi levar o moleque pela primeira vez no estádio para ver o time do coração, das peladas no quintal da casa, a playboy que comprou da Ioná Magalhães para o filho e por aí vai.

Meu pobre pai só tinha para falar sobre as roupas novas da bonequinha do inferno – barbie, da boneca que chorava , dos papéis de carta que eu comprei com a mesada e das tranças que ele fazia no meu cabelo.

Definitivamente esses não eram assuntos para ele. Foi aí que tomei uma decisão. Vou ser o menino do meu pai. Fazer tudo que os garotos faziam com seus pais. Imediatamente pedi para meu “velho”, assim os maninos chamam o pai, comprar uma camisa do Internacional (podia até ser falsificada, pois neste caso eu também estava sendo genérica). Passei a assistir todos os jogos da rodada com ele e ao mesmo tempo escutar o jogo na rádio AM. Nos outros dias, especialmente nos finais de semana, pedia para ele me ensinara a jogar taco. Era um fiasco e uma vergonha alheia sem limites. Ao invés de bater na bendita bola, acertava minha própria canela magra.
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Muito odiei quem inventou este jogo
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Passei a pular o portão de casa. Abrir para entrar era coisa de menina. Pular era maloqueiro e de menino. Abandonei as saias rosas, as blusinhas e as tiaras. Comecei a usar camisetas, bermudas e boné. Ensaiei umas embaixadinhas com a bola de futebol. Não deu muito certo!

(A parte da Playboy fiz questão de não lembrar.)

Com as peripécias de menino vieram os roxos por todos os lados e cantos do corpo – canela, coxa, braços e até por dentro dos olhos. Apareceu a primeira fratura grave, torção no tornozelo e dedo quebrado.

Uma vez tentando impressionar meu pai – mais uma tentativa frustrada e desastrosa – desci a lomba da rua de bicicleta, para dar mais emoção tirei as mãos do guidão. Não consegui controlar a bichinha, acabei em baixo de um carro. O azar. Ele estava parado. Isso me gerou uma cicatriz que carrego até hoje, como um troféu, bem em cima do peito do pé.

Meu pai nunca mais ficou calado nos encontros com os amigos.

Agradeço aos amigos do meu pai. Eles salvaram a minha infância.

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salve o renatão!

23 de novembro de 2009

a vida não é besta, besta são os adultos

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país das maravilhas de alice, a afilhada.
lembro ainda quando ela chegou, já se vai dois anos e pouquinhos.
cabia certinho nos meus braços. hoje atropla todo o meu corpo. saracoteia pelas casas, ruas, avenidas, quintais e até em evento. de pé no chão ela quer mais é sentir a alegria que vem do piso gelado e do cimento queimado.
essa menina me encanta e me diz: "amomo"!

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muito prazer, esta é a alice, afilhada da "dida inata".

13 de novembro de 2009

era uma casa muito engraçada

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já repararam como tem gente que está sempre na estrada.? De cá prá lá, de lá pra cá.
Seja a trabalho, por diversão ou simplesmente por não gostar de ficar em casa?
Eu sempre que me deparava com um causo destes logo pensava:
- Isso não é pra mim. Gosto de casa. Do chamego a dois, as vezes a três. Gosto até das briguinhas conjugais do dia-a-dia.

Pensei que apesar de fazer algumas viagens durante o ano não seria consumida por esta loucura. Bobagem.! Sou o Forrest Gump das viagens. Pois bem, pasmem - virei refém da minha própria língua, que volta e meia me apronta uma e outra daquelas bem cabeludas.

Hoje tenho um guarda-roupa em casa, outro no carro. Ambos sempre a postos - ou para partir, ou para ficar e enfrentar a máquina de lavar, sim - sempre tem roupa suja para lavar, as vezes lavamos até no caminho de casa.

Mas viajar tem seu lado bom, mesmo quando o ruim supera todas as expectativas. Sejamos sinceros, é sempre bom voltar para casa (aqui sendo bem piegas), mesmo que o hotel tenha conforto, sem contar que não precisamos arrumar a cama. Isso é artigo de luxo!

O lado bom é se atirar no sofá da sala, jogar os calçados pela casa, abrir bem a janela, andar pelada - sim no hotel nunca se sabe onde pode ter uma câmera escondida. Não quero me ver no Faustão. No YouTube, ainda vai!

O bom de voltar para casa é ter o marido invadido por uma saudade sem fim. Inconsolável. Só de ouvir a frase "estou chegando", tem quase um ereção.
Nesta hora é bom alertar o homem para acalmar o coração e o pinto. O reencontro é somente daqui algumas horas.

Depois de tanto viajar descobri que mesmo quando estou em casa posso dizer: estou chegando - o efeito é o mesmo.

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amanhã estou em casa - sim já passa da uma da manhã, mas como ainda não capotei no sono, não vale - depois de 5 dias fora.

Extra, extra! mulher em casa é só festa.

9 de novembro de 2009

não me desculpem

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última aula de crônicas com Carpinejar. Triste.
Abaixo o último texto sob os olhos descontroláveis dele.
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Acho que foi o fato de ser filha única. O centro da família pequena. Tudo girava ao meu redor, até os assuntos que eu não desejava. Tudo se resumia em mim. Na adolescência para amenizar o mártir que era se única - filha, neta e sobrinha, comecei a sabatina de escrava isaura.

Como recreacionista trabalhei durante dois anos. uni saber brincar de boneca com um pouco de conhecimento teórico. Sob meus cuidados ficavam dez crianças - de 4 meses a 2 anos. Logo me apaixonei por umas três ou quatro. As outras recebiam de mim a atenção necessária. Bem informal.
Os escolhidos recebiam mimos quase que em tempo integral. Apelidos não faltavam - uma era paixão, outra amor da vida e outro gatão. Os demais tinham apenas seus nomes de batismo.

Sempre tive um olhar crítico, que me acompanha desde a infância. Os pais que não me desculpem. Quando aparecia uma nova criança e era feia, não dizia para a mamãe:
- Vem com a titia lindão!
Chamava só pelo nome. Sem adjetivos. Afinal, o menino já tinha a família inteira pra mentir durante toda a vida.

Os meus queridos , sim, eram lindos de doer.

E apesar de amar tanto aqueles pimpolhos, eles também sofreram comigo. Os outros alunos não choravam - só dedicava a eles o básico: comida na hora certa, troca de fraldas, algumas brincadeiras e um colinho quando necessário.

Com certeza foram os dedos podres de minha família que me fizeram uma torturadora incansável. Acostumada a receber carinho e atenção sempre, e sem pedir - principalmente ouvir juras de amor eterno, passei a massacrar os meus alunos favoritos. Aí dele se ficasse em dúvida do amor e predileção por mim.
Dia ou outro, dependendo da minha honesta e exagerada carência, estufava o peito, fechava a cara, endurecia o dedo indicador e batia de leve, mas de forma dura, o mesmo dedo no peitinho de um deles e dizia:

- A Renata não te amo mais. Tu não é mais o amor da Renata.

Repetia a frase até que as lágrimas começassem a cair descontrolavelmente , assim um simples abraço não seria suficiente para acalmar o coraçãozinho. Seria preciso um dia inteiro de chamegos e muitos beijos.
Aí daqueles que se aproximassem de mim. O torturado. Vítima, não permitia , afastava todos e gritava bem sentido: A Renata é minha!

Outras vezes reunia todos no pátio e durante as brincadeiras pegava a chave e da tchau, dizendo que estava indo embora. O choro era geral. Todos agarradinhos na grade berrando: Não Renata. Volta.
Eu dava mais alguns minutos e aparecia. Mesmo eu fazendo seguido, eles sempre caiam.

Cumpria a risca todos os caprichos de cada um deles. Sem sentimento de culpa. É claro.

Encerrava o expediente com a certeza de que fiz o melhor por eles e por mim.

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não me desculpem!

6 de novembro de 2009

Inguinorancia

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imagem do dia.
Inguinorancia vem da capital.
A foto foi tirada onde Iscariotes perdeu a vergonha e eu a inteligencia.

3 de novembro de 2009

cotidiano

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Faz algum tempo que mudei minha rotina. Foi inesperado, mas premeditado. O esgotamento pedia férias. E eu dei sem culpa. Sem pensar no dia seguinte e nos que seguiriam. Porque não colocar os dois pés na merda de uma só vez.
As vezes a gente precisa se libertar das amarras que colocamos em nós mesmos.

... o cotidiano nos torna reféns da nossa vida. Queria deixar de ser a vilã da minha tele-novela, sim eu tenho uma - bem ao estilo "A Usurpadora" que passava no SBT, para viver o papel principal, sem assinatura e texto do Manoel Carlos. fake. Poderia ser do Benedito Ruy Barbasa.

Depois de um dia de folga indeterminada, pelo menos eu achava que eram. Fui surpreendida pelo cotidiano. um novo coditiano. A vida toma seu rumo novamente. Frustada mas com uma alegria de criança - quando ganha o brinquedo que tanto queria - embarquei na rotina de começar do zero.

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Agora meu novo fumódromo tem novo endereço, fica no 8°andar de um prédio no centro.


Muda-se a rotina, os hábitos, não.
Afinal quem não se mata um pouco a cada dia que atire o primeiro comentário.