gosto do mês de junho. não porque é o mês do meu aniversário. tá, também por isso, mas em junho, o amor parece que brota dos cascos velhos das árvores, arremata todos os corações largados na sargeta e ilumina ainda mais os enamorados. junho é amor. junho é mês de pedidos para o santo antônio, que casa e separa os pés tortos e chinelos velhos. junho é coração. junho é fogo, paixão e sexo.
e eu não poderia ter nascido em mês melhor. como boa geminiana e caliente que sou, já nasci apaixonada, primeiro pela vida, depois pelos prazeres. gosto tanto de junho, que não consegui aguentar e sai logo nos primeiros dias do mês.
por aqui tudo é muito engraçado. isso para não dizer triste. somente aqui a gente se depara com placas desagradavéis e contra a felicidade: "não pise na grama". pisar, deitar e rolar na grama ajuda a vivda ser muito mais bacana. #protesto.
o ricardo, meu marido - não oficialmente, porque casado é quem melhor vive, e estamos bem assim -, me perguntou um dia desses porque não uso maiúsculo no blog.
- porque não gosto. talvez porque no dia-a-dia sou obrigada a escrever corretamente, já que é um exigência da profissão e porque pega muito mal escrever errado de jornalista para jornalista.
vamos lá aos contras do maiúsculo. sou baixinha e não uso salto, portanto estou sempre na minha estatura normal e de rodapé. 1,65m de altura, não é altura. vamos dizer a verdade. e o maiúsculo significa ser maior, oponente, é uma letra que grita, se destaca. dá até medo. não concorda? sinceramente, não precisam concordar. afinal a opinião é minha e não vou mudar.
quer saber, assumo, pode ser sim complexo pela minha média estatura. e é. ponto final. não falo mais sobre isso.
não me acostumo com as pessoas apontando para mim e dizendo: - aquela baixinha, ali!
o mundo gira, mesmo. sabe aquelas coisas impossiveis de acontecer e de se imaginar. caraca! um dia elas acontecem e tu fica, totalmente, sem saber o que fazer. sim. nestes dias foi bem assim que aconteceu. existem pessoas que tu acredita nunca ti relacionar, só por telefone, o que já é um luxo. mas como o mundo gira e as pessoas caem feito penas em lugares incomuns, cá estou eu sendo surpreendida pela vida, mais uma vez. tenho até medo de um contato ainda mais próximo, é inevitável. estas pessoas são como deuses. o bom do mundo girar é que agora tenho um novo deus. e diga a ele: - vá com deus!
